top of page

Pesticidas: uma preocupação real

Foto do escritor: Thiago Guilherme SchwanzThiago Guilherme Schwanz


O uso de pesticidas é ainda a principal estratégia na agricultura moderna para o combate e a prevenção de pragas agrícolas, ervas daninhas e doenças. Embora eficazes para aumentar a produtividade, esses compostos químicos podem deixar resíduos nos alimentos consumidos pela população. Consequentemente, a ampla utilização destes compostos em ambientes agrícolas tem sido associada à contaminação ambiental e a problemas de saúde humana em todo o mundo [1, 2]. Diversos estudos indicam que a exposição crônica a pesticidas pode estar associada a uma série de problemas de saúde, incluindo distúrbios hormonais, danos ao sistema nervoso e, em casos mais graves, o aumento do risco de câncer [3].

Nesse contexto, empresas como a OpenScience têm se destacado, auxiliando na identificação precisa de resíduos de pesticidas em produtos agrícolas, como o café, e colaborando com grandes cooperativas para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos. A OpenScience utiliza técnicas avançadas de cromatografia e espectrometria para identificar até as menores quantidades de pesticidas, fornecendo dados críticos que ajudam na tomada de decisões e na adequação às legislações.

Além dos riscos à saúde humana, a contaminação ambiental gerada pelo uso indiscriminado de pesticidas pode afetar o solo, a água e até mesmo outras formas de vida, como insetos polinizadores, causando desequilíbrios ecológicos [4]. Para enfrentar esse desafio, a OpenScience também presta consultoria para empresas do setor agro, oferecendo soluções tecnológicas que ajudam a reduzir o impacto ambiental, melhorando a sustentabilidade da produção agrícola.


Consumidores mais conscientes

Nos últimos anos, a preocupação dos consumidores com o consumo de pesticidas através dos alimentos tem aumentado consideravelmente. Com a crescente conscientização sobre os impactos dos resíduos químicos na saúde, muitos consumidores têm buscado informações sobre a origem dos produtos que compram, além de se informarem sobre os níveis de pesticidas presentes em suas escolhas alimentares. Essa preocupação é ainda maior entre pessoas que priorizam uma alimentação saudável, optando por dietas balanceadas e produtos mais naturais.

Por conseguinte, nos últimos anos a preocupação dos consumidores com o consumo de pesticidas através dos alimentos tem aumentado consideravelmente. Com a crescente conscientização sobre os impactos dos resíduos químicos na saúde, muitos consumidores têm buscado informações sobre a origem dos produtos que compram, além de se informarem sobre os níveis de pesticidas presentes em suas escolhas alimentares. Essa preocupação é ainda maior entre pessoas que priorizam uma alimentação saudável, optando por dietas balanceadas e produtos mais naturais. Em pesquisa realizada na Europa, quando questionados sobre um número limitado de problemas relacionados com alimentos, os consumidores consideraram a utilização de pesticidas, antibióticos e aditivos na produção alimentar como os mais preocupantes. No recente estudo, encomendado pela EFSA (Autoridade Europeia para Segurança Alimentar) concluiu-se que 86% dos inquiridos estavam muito ou bastante preocupados com a utilização dessas substâncias na produção alimentar (ver Fig. 1).



Fonte: Etienne, J. et al., EU Insights – Consumer perceptions of emerging risks in the food chain (Perspetivas da UE - Perceções dos consumidores sobre os riscos emergentes na cadeia alimentar) [5].


Em razão disso, as empresas estão cada vez mais alertas, o que demostra que aquelas que não conseguirem relacionar sua marca de uma forma positiva com estas questões poderão perder consumidores. Ou seja, entender melhor os novos padrões de consumidores já que a sua sobrevivência como negócio, a médio e longo prazo, depende deles. Sendo assim, as empresas precisarão mais que mostrar, provar a partir de produtos, serviços e operações que assumem compromissos efetivos em termos de responsabilidade pela vida do planeta, das pessoas e dos próprios negócios. Cada vez mais esses pontos serão parte importante para a perenidade das organizações [6-7].

A OpenScience, com sua atuação no setor agro, tem contribuído diretamente para que produtores possam garantir a qualidade e a segurança de seus alimentos, utilizando tecnologias de ponta para detectar a presença de resíduos de pesticidas. Ao colaborar com os principais produtores de grãos e café do mundo, a OpenScience desempenha um papel essencial no fortalecimento das práticas agrícolas sustentáveis.


Regulamentações governamentais

As obrigações legais e comerciais têm levado as empresas do setor alimentar a aumentarem os esforços em relação à contaminação química dos seus produtos. A OpenScience tem ajudado empresas do setor a cumprir as rigorosas exigências regulamentares por meio de análises detalhadas e diagnósticos confiáveis, assegurando que os alimentos estejam dentro dos limites aceitáveis de resíduos químicos.

O maior exemplo do controle de contaminantes vem da Europa, onde o uso de pesticidas tem um controle rigoroso e várias substâncias que confirmadas como prejudiciais à saúde humana e ambiental foram proibidas, apesar de continuarem a ser produzidas e vendidas para países emergentes, como o Brasil. A União Europeia (EU) é o maior importador mundial de produtos agrícolas e alimentares, e conta com uma fiscalização rígida destas importações, visando assegurar que estas cumprem a legislação da mesma forma que os alimentos produzidos na UE. Como princípio, todos os produtos alimentares nos mercados da UE devem ser seguros, independentemente da sua origem [8].


A situação do Brasil no contexto mundial de pesticidas

Grandes produtores agrícolas como o Brasil, cada vez mais tem tentado uma maior abertura no comércio com a UE, mas uma das barreiras é justamente a utilização acima dos limites aceitáveis de pesticidas. Desde 2008, o Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos [9], além disso, muito dos princípios ativos empregados em nosso pais estão banidos em outros mercados. Ainda, o Brasil também fica acima dos Limites Máximos de Resíduos aceitáveis (LMR) quando comparado a UE, e desta forma, acaba perdendo espaço no mercado europeu. Ainda, nos últimos anos, alguns produtos agrícolas brasileiros, como frutas, legumes e grãos, foram reprovados em exames internacionais devido ao nível de resíduos de pesticidas acima do permitido. Alguns casos notáveis incluem produtos como soja e café, que já enfrentam barreiras comerciais em mercados como a EU e EUA devido à presença de pesticidas não autorizados ou em níveis superiores aos permitidos pelas legislações internacionais [10].

Como podemos ver existe uma preocupação global com a contaminação por pesticidas em alimentos, e o Brasil é frequentemente citado em estudos internacionais sobre o uso de agroquímicos.


Como controlar e fiscalizar o uso de agrotóxicos?

Falar de controle de qualidade de alimentos, principalmente em análises de resíduos de pesticidas, é um assunto complexo, pois envolve diferentes conceitos, tecnologias, investimentos e, principalmente, mão de obra especializada. A OpenScience oferece soluções completas de análise e consultoria, empregando cromatografia, espectrometria e quimiometria para garantir análises mais sensíveis e seletivas. Essas tecnologias permitem que as empresas agroindustriais obtenham resultados precisos, mantendo a qualidade e a conformidade com as regulamentações internacionais.


O papel da OpenScience

Com nossa vasta experiência no setor agrícola e nossa missão de democratizar o acesso à tecnologia de alta qualidade, a OpenScience está expandindo sua atuação para diversas áreas do agro, com o objetivo de fornecer soluções inovadoras que atendam às necessidades dos produtores. Acreditamos que a parceria entre empresas e instituições é essencial para melhorar o futuro do setor agrícola, e estamos prontos para colaborar com empresas que buscam excelência e inovação.

Entre em contato conosco para desenvolvermos soluções de inovação que contribuirão para a melhoria da qualidade de seus produtos e para a sustentabilidade do mercado agrícola.


Referências

  1. de Oliveira, L.A.B., H.P. Pacheco, and R. Scherer, Flutriafol and pyraclostrobin residues in Brazilian green coffees. Food Chemistry, 2016. 190: p. 60-63.

  2. Piccoli, C., et al., Pesticide exposure and thyroid function in an agricultural population in Brazil. Environmental research, 2016. 151: p. 389-398.

  3. Kucharski, K.W., Câncer e agrotóxico: uma análise na região de saúde fronteira noroeste do Rio Grande do Sul. 2021.

  4. Lopes, C.V.A. and G.S.C.d. Albuquerque, Agrotóxicos e seus impactos na saúde humana e ambiental: uma revisão sistemática. Saúde em debate, 2018. 42(117): p. 518-534.

  5. ICF, et al., EU Insights–Consumer perceptions of emerging risks in the food chain. EFSA Supporting Publications, 2018. 15(4): p. 1394E.

  6. Vieira, G., Estudo do perfil do potencial consumidor de vestuário sustentável na cidade de Florianópolis. 2016.

  7. Voltolini, R., Vamos falar de ESG?: Provocações de um pioneiro em sustentabilidade empresarial. 2021: Editora Voo.

  8. Wodtke, G.D.G., Segurança alimentar: o acesso à informação sobre agrotóxicos na jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia. 2023.

  9. Braga, V.d.S.M., Gestão de risco no uso de pesticidas: uma análise jurídica no Brasil e na União Europeia. 2022.

  10. Alves, R.F., Atlas do agronegócio: fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos. Revista Verde Grande: Geografia e Interdisciplinaridade, 2021. 3(01): p. 222-227.

17 visualizações

Kommentare


bottom of page